Impactos sociais e econômicos do Polígono da Maconha

Autores

  • Antonio Gomes de Castro Neto Universidade Federal de Pernambuco
  • Prof. Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

Sertão, Caatinga, Rio São Francisco, Maconha, Polígono da maconha

Resumo

Apesar de ter sido a primeira região a passar pelo processo de colonização, o Nordeste devido a diversos fatores políticos, econômicos e climáticos não se desenvolveu como as regiões mais ao sul do Brasil. Para estimular o desenvolvimento econômico e social do Nordeste, os governos federal e estaduais desenvolveram ao longo de várias décadas diversas políticas e a criação de órgãos para estimular o crescimento da região. A região do submédio São Francisco recebeu diversos desses investimentos por conta do potencial hídrico e de geração de energia. Mas apesar disso muitos trabalhadores rurais não se beneficiaram desses investimentos devidos os conflitos das famílias que controlam alguns municípios e a corrupção. Uma opção para esses agricultores foi o plantio da Cannabis sativa em razão do seu elevado valor agregado em comparação com outras culturas. O objetivo desde trabalho foi estabelecer como ocorreu o desenvolvimento do plantio de maconha na região do submédio São Francisco, originando o chamado “Polígono da Maconha”. Foi realizada uma revisão de literatura acerca do tema através de consulta em portais de periódicos indexados. A falta de controle nas políticas de investimento no desenvolvimento econômico e social do Nordeste, os conflitos de famílias e os problemas da seca foram os principais fatores observados para o desenvolvimento do plantio de maconha nos municípios próximos ao rio São Francisco. Apesar do combate ao tráfico pela polícia, é o trabalhador rural quem mais sofre e acaba sendo criminalizado, enquanto os verdadeiros traficantes dificilmente são pegos.

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Publicado

2024-04-22

Edição

Seção

Artigos originais, de revisão, relatos e notas científicas