Dramaturgia em foco
https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/dramaturgiaemfoco
<p>A <strong>Dramaturgia em foco</strong> (ISSN 2594-7796), Qualis B3 no quadriênio 2017-2020, dedica-se à publicação de textos acadêmicos (artigos, relatos e ensaios) cujas análises se concentrem na dramaturgia em si ou na dramaturgia comparada a outros textos, outras artes e mídias. Conta também com seções específicas para traduções, peças curtas originais e entrevistas. A periodicidade da revista é semestral. Sua criação está vinculada ao Grupo de Pesquisa Narrativas e Visualidades (CNPq-Univasf).</p>Univasfpt-BRDramaturgia em foco 2594-7796Mulheres que reinam, mulheres que morrem
https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/dramaturgiaemfoco/article/view/2035
<p class="western" align="justify"><span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;">Inês de Castro é, sem dúvidas, uma das personagens femininas mais reverenciadas na Literatura. No Brasil, uma importante reconfiguração ocorre no século XX com a autora</span></span> <span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;">Heloísa Maranhão. O presente artigo tem o objetivo de analisar os possíveis posicionamentos que o leitor passa a tomar</span></span> <span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;">a</span></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;">o ler a </span></span><span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Negra Bá</em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;"> de Maranhão. Para tanto, recorre-se aos conceitos sobre a teoria do gênero teatral, trazidos por Brecht (1978), Moisés (2012) e Pavis (2008); as argumentações a respeito da ficção científica de Asimov (2010), as configurações referentes ao mito através dos estudos de Souza (2010) e as contribuições de Barthes (2018); a pesquisa e reflexões sobre o mito inesiano apresentados por Sousa (1984) e os efeitos do riso apontados por Bergson (1983).</span></span></p>Larissa de Cássia Antunes Ribeiro
Copyright (c) 2023 Dramaturgia em foco
2023-01-052023-01-05710216Deleitar ensinando
https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/dramaturgiaemfoco/article/view/2221
<p class="western" align="justify"><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Neste artigo, buscamos fazer breves considerações sobre a morte e a justiça divina na peça teatral </span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>El </em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>b</em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>urlador de Sevilla o </em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>c</em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>onvidado de </em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>p</em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>iedra</em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> (1630), atribuída a Tirso de Molina (1579-1648). Ao situar a peça dentro da tradição de </span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>ars moriendi</em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> (arte de morrer), pretendemos evidenciar que D. Juan Tenorio não se prepara adequadamente para a morte e, consequentemente, para o encontro com a justiça divina, a qual é responsável por premiar ou castigar a alma. Além de ser parte integrante do </span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><em>post mortem,</em></span></span><span style="font-family: Book Antiqua, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> a justiça divina na peça, como procuramos demonstrar, funciona também como uma reparadora das falhas da justiça humana. Tais questões, como discutiremos, devem ser lidas como integrantes das finalidades da poesia, deleitar e ensinar, vigentes no século XVII. Assim, a morte de D. Juan, ao mesmo tempo que deleita a audiência, ensina-a a preparar-se para a morte e a crer na justiça divina.</span></span></p>Gabriel Furine Contatori
Copyright (c) 2023 Dramaturgia em foco
2023-10-192023-10-19711736Mulheres, deuses e mitos
https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/dramaturgiaemfoco/article/view/2379
<p class="western" align="justify"><span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;">A peça <em>Women of Owu </em>(2006), do autor nigeriano Femi Osofisan, tem como pano de fundo um acontecimento histórico: a invasão e destruição da cidade de Owu. Em sua forma literária, dialoga com a peça do teatro clássico grego intitulada <em>As troianas, </em>escrita por Eurípides em 416 a.C. O presente artigo demonstra como o autor se apodera de uma obra da literatura clássica e eurocêntrica, transportando-a para o contexto africano. O referencial teórico abarca, principalmente, as questões referentes à intertextualidade, a partir da perspectiva de Borges (2000), Pascolati (2006; 2009) e Genette (2010), entre outros, e à paródia na pós-modernidade, sob a concepção de Hutcheon (1985; 1991), bem como apresenta a visão de Benjamin (1987) e Ricoeur (2007) quanto ao poder de narrar a história. Conduziu-se uma análise de cunho qualitativo, que demonstrou que, ao parodiar o clássico e ocupar-se da história para a tessitura da narrativa, o autor assume o poder de preservar a memória e, ao promover a articulação entre o literário, o histórico e o social, dá voz aos esquecidos.</span></span></p>Carolina Filipaki de CarvalhoEdson Santos Silva
Copyright (c) 2023 Dramaturgia em foco
2023-10-272023-10-27713755Um “ataque de lirismo” na dramaturgia contemporânea
https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/dramaturgiaemfoco/article/view/2409
<p><strong>RESUMO</strong></p> <p class="western" align="justify"><span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: medium;">O presente estudo analisa a hibridização dos gêneros lírico e dramático em <em>Por Elise</em> (2012) e <em>Vaga </em><em>c</em><em>arne </em>(2018), de Grace Passô. Faz-se uma síntese de como os dois gêneros foram descritos e conceituados historicamente. Rosenfeld (1985) e Staiger (1975) concebem a tripartição dos gêneros como artificial e não condizente com a multiplicidade das manifestações literárias existentes. Para Mendes (2015), Peter Szondi (2001) e Jean-Pierre Sarrazac (2012) priorizam a vertente épica como elemento transgressor e reconstrutor da forma dramática; e verifica uma lacuna nos estudos teóricos acerca do texto teatral, os quais não contemplam o gênero lírico como fator de reconfiguração dos traços tradicionais do drama. As peças analisadas provocam o efeito de um poema, devido à articulação de recursos recorrentes da poesia lírica, como o ritmo, sonoridade e imagens visuais, metafóricas e alegóricas; bem como, pela subversão de aspectos estruturantes da forma dramática, como tempo, ação, diálogo, espaço, etc.</span></span></p>Jessica de Souza Barbosa
Copyright (c) 2023 Dramaturgia em foco
2023-10-272023-10-27715672