IMPASSES E DESAFIOS NA CONDUÇÃO DE PESQUISAS FENOMENOLÓGICAS SOBRE DISTANCIAMENTO SOCIAL, ENSINO REMOTO EMERGENCIAL E SAÚDE MENTAL EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS NORDESTINAS

Autores

  • Shirley (V) Macêdo Universidade Federal do Vale do São Francisco https://orcid.org/0000-0003-1619-2353
  • José Luís Amorim Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Melina Pinheiro Gomes de Souza Universidade Federal do Vale do São Francisco

Palavras-chave:

Ensino Superior, Ensino Remoto Emergencial, Pandemia, COVID-19, Pesquisa Fenomenológica

Resumo

A crise sanitária provocada pela pandemia da COVID-19 e o consequente distanciamento social levaram ao fechamento de universidades públicas, estratégia adotada para impedir a transmissibilidade do vírus. Para garantir a continuidade dos períodos letivos, essas instituições  implantaram o Ensino Remoto  Emergencial (ERE), que invadiu o cotidiano da comunidade universitária, onde docentes e discentes tiveram que se adaptar a novos processos de ensino-aprendizagem, enfrentando mais agravos à sua saúde mental. Buscando compreender experiências desses sujeitos diante do distanciamento social e do ERE em universidades públicas do Nordeste brasileiro, uma equipe de pesquisa composta por uma docente e bolsistas de iniciação científica vem conduzindo estudos fenomenológicos desde 2020. Portanto, no presente relato de experiência, buscam-se narrar impasses e desafios enfrentados na condução desses estudos, visando-se ser fonte de educação, ensino e capacitação para pesquisadores fenomenológicos. Situando-se a experiência como fenômeno científico em um tempo, espaço e lugar, valoriza-se a descrição, interpretação e compreensão intersubjetiva deste fenômeno, tendo-se a oportunidade de relacionar conhecimentos teóricos sobre as temáticas investigadas e o método utilizado. Assim, descrevem-se impasses e desafios que reverberaram no fazer ético, no tempo de condução das pesquisas e na saúde mental dos membros da equipe, quais sejam: entraves frente a exigências de comitê de ética; dificuldades para alcançar o número de sujeitos pretendidos; desafios no uso da entrevista remota; conflitos quanto ao papel de pesquisador fenomenológico; efetivação dos passos de análise; e sentidos vividos semelhantes aos(às) colaboradores(as) durante o distanciamento social e o ERE. Conclui-se, principalmente, que o diálogo em uma equipe de pesquisa fenomenológica, amparado por uma orientação que prime pelo cuidado à saúde mental de seus membros, é essencial para a produção de conhecimento sobre o fazer investigação fenomenológica em Psicologia, cujo cenário seja uma realidade social em crise na qual pesquisadores e sujeitos de pesquisa estão envolvidos.

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Biografia do Autor

Shirley (V) Macêdo, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Professora Associada da Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), onde coordena o Núcleo de Cuidado ao Estudante Universitário do Semiárido (NuCEU). É docente lotada no Colegiado de Psicologia e colaboradora da Residência Multiprofissional em Saúde Mental. É Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (2012).

José Luís Amorim, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Graduando em Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Bolsista de Iniciação Científica do Programa CNPq/UNIVASF.

Melina Pinheiro Gomes de Souza, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Graduanda em Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Bolsista de Iniciação Científica do Programa CNPq/UNIVASF.

Publicado

2022-08-12

Como Citar

Macêdo, S. (V), Amorim, J. L. ., & Souza, M. P. G. de . (2022). IMPASSES E DESAFIOS NA CONDUÇÃO DE PESQUISAS FENOMENOLÓGICAS SOBRE DISTANCIAMENTO SOCIAL, ENSINO REMOTO EMERGENCIAL E SAÚDE MENTAL EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS NORDESTINAS. Revista De Educação Da Universidade Federal Do Vale Do São Francisco, 12(28), 696–727. Recuperado de https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1868

Edição

Seção

Ensino Remoto Emergencial e Saúde Mental nas Universidades Brasileiras