Dramaturgia brasileira contemporânea

um estudo de BR-Trans

Autores

  • Gabriel Henrique Camilo Universidade Estadual de Londrina
  • Ana Letícia Ferreira UEL - Universidade Estadual de Londrina
  • Thaís Artoni Martins UEL - Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave:

dramaturgia brasileira; drama contemporâneo; cartografias cotidianas; comunidade LGBTQI ; BR-Trans

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a peça de Silvero Pereira, BR-Trans, publicada em 2016. Em termos temáticos, a pesquisa busca uma discussão em torno da representação da comunidade LGBTQI+ na literatura, surgindo em paralelo ao conceito de cartografia artística e social do universo trans no Brasil, que é abordado por Pereira, tendo como proposta discorrer sobre o termo “cartografia cotidiana” (DIAS, 2011), e as suas recorrentes aplicações em diferentes áreas do conhecimento, especialmente envolvendo essa apropriação artística dos espaços. Em termos formais, são destacadas as características contemporâneas de composição dramatúrgica, tais como a fragmentação, o hibridismo e a intermidialidade. O principal suporte teórico para este trabalho foram os seguintes autores: (PAVIS, 2003), (BOAL, 2008), (FERNANDES, 2013), (COLLING, 2018), (QUADROS, 2007), (Sarrazac, 2012), (DOURADO, 2016).

Biografia do Autor

Gabriel Henrique Camilo , Universidade Estadual de Londrina

Mestrando em Letras - Estudos Literários (UEL, 2019). Graduando em Artes Visuais (UEL, 2019). Graduado em Letras Vernáculas e Clássicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL, 2015 - 2018), Bacharel em Estudos Literários. Bolsista de Iniciação Científica da Fundação Araucária/CNPq (2015 - 2018). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Estudos Literários, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira; literatura LGBTQI+; teoria do drama; estudos de dramaturgia nacional e estrangeira; estudos comparados, com participação em projetos de pesquisa que buscam discussões sobre: literatura dramática, literatura fantástica na contística do século XIX, as relações entre oralidade e produção poética londrinense e, principalmente, literatura afro-brasileira, e conceitos e temáticas, tais como: escritas de si, vozes das bordas ou marginal, cartografias e a literariedade nas variadas manifestações artísticas. Concluiu desde 2016 matérias do curso de Artes Visuais pela UEL: desenho, história da arte, pintura, gravura e happening;. 

Ana Letícia Ferreira, UEL - Universidade Estadual de Londrina

Bacharela em Artes Cênicas e Mestranda em Educação pelo PPEdu da Universidade Estadual de
Londrina. Pós-graduada em Alfabetização e Letramento, Formação Pedagógica em Artes Visuais (em
andamento).

Thaís Artoni Martins, UEL - Universidade Estadual de Londrina

Licenciada em Letras, Pós-graduanda em Antropologia e Mestranda em Literatura pela Universidade
Estadual de Londrina.

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Publicado

2020-12-14

Edição

Seção

Artigos