DA VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE DOS POVOS DO CAMPO NA ÁFRICA E NO BRASIL À NOVA PERSPECTIVA DE EXTENSÃO RURAL PARA O SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Autores

  • Tiago Pereira da Costa
  • José Moacir dos Santos

Palavras-chave:

Semelhança África e Brasil; Políticas públicas; Extensão rural; ATER; Educação popular.

Resumo

O Semiárido Brasileiro vive uma situação semelhante à da África. Durante muito tempo ficou excluído das políticas públicas sociais e econômicas e nas últimas décadas se vê na urgência de se desenvolver a ponto de alcançar os níveis de desenvolvimento das regiões Sul e Sudeste, no que se refere à educação, renda e tecnologia. Há um choque cultural entre a proposta da extensão, desenvolvida nos Estados Unidos, aclimatada no Sul do País e imposta a uma população que por conta do abandono político desenvolveu estratégias de sobrevivência próprias de cada região ou grupo étnico, e a cultura tradicional que na maioria das vezes não se insere no modelo neoliberal da revolução verde. Nós extensionistas na maioria das vezes menosprezamos esse saber secular e tentamos queimar etapas inserindo propostas de produção que não interagem nem com o clima, nem com a cultura local e nem com as necessidades das famílias. A experiência de Paulo Freire na África nos ensina a buscar construir uma proposta de extensão rural que parta da realidade local, potencializando o que já é cultural e vem dando certo há muitas gerações, que valorize as pessoas e seu modo de vida, que seja uma proposta que empodere as famílias e as incentive a elas mesmas buscarem a solução para seus problemas, que seja de fato uma assessoria técnica e não uma assistência técnica.

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Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Artigos