O PAPEL DA MEDICAÇÃO ANTICONVULSIVANTE NA SAÚDE BUCAL DO PACIENTE COM DEFICIÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO

Autores

  • LIA SILVA DE CASTILHO
  • Rauel Victor Dutra Ferreira
  • Luiza Milan Procópio
  • Leiliane Teresinha Romualdo

Resumo

A literatura relata que pessoas com deficiências do desenvolvimento tendem a possuir uma saúde bucal pior do o restante da população. O objetivo deste estudo foi investigar a saúde bucal do paciente medicado com anticonvulsivantes. Para isso, foram levantados dados de 628 prontuários do projeto de extensão “Atendimento Odontológico a Pessoas com Deficiências do Desenvolvimento” de pacientes de 0 a 33 anos de idade que recebem tratamento reabilitador, médico e odontológico na Associação Mineira de Reabilitação, Belo Horizonte, Minas Gerais. As variáveis analisadas foram: uso de medicação anticonvulsivante, sexo, presença de paralisia cerebral, bruxismo, respiração bucal, xerostomia, movimentação involuntária, gengivite, cárie dentária e refluxo gastroesofágico. A análise estatística foi realizada pelo qui-quadrado separando-se grupos por uso de medicação anticonvulsivante e sexo. Indivíduos do sexo masculino medicados com anticonvulsivantes apresentam chances 2,65 vezes maiores de apresentarem refluxo gastroesofágico do que indivíduos do sexo feminino e têm 1,92 vezes mais chances de terem gengivite do que indivíduos masculinos que não são medicados com anticonvulsivantes. O consumo de anticonvulsivante está associado em ambos os sexos com paralisia cerebral, respiração bucal, bruxismo e movimentação involuntária. Conclui-se que o uso de medicação anticonvulsivante é um fator associado às alterações bucais e hábitos bucais deletérios.

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Publicado

2022-08-16

Edição

Seção

Artigos