A HIPERTENSÃO ARTERIAL COMO UMA RESULTANTE DO PROCESSO DE OCIDENTALIZAÇÃO EM POPULAÇÕES INDÍGENAS

Autores

  • Pedro Pereira Tenório Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Maria Clara Alves Tomaz
  • Ariane Laís Bruinsma
  • William Novaes de Gois

Palavras-chave:

Pressure levels, customs, tribes

Resumo

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é causa frequente de mortes, sendo considerada um importante preditor de risco para doenças cardiovasculares (DCV). Com a ocidentalização observou-se aumento dos níveis pressóricos em populações indígenas antes pouco impactadas. Diante da importância dessa temática, objetivou-se verificar qual o impacto da ocidentalização nos níveis pressóricos dos indígenas. Para tanto, foi realizada uma revisão da literatura baseada em estudos publicados nos principais bancos de dados: Pubmed, Medline, Scielo e Lilacs. Verificou-se num coorte temporal de quatro décadas que os níveis pressóricos em indígenas se situavam dentro dos padrões aceitáveis, enquanto que atualmente estão na faixa considerada de alta de risco, ou seja, uma considerável parcela dos indígenas está hipertensa. Tal relação permite estabelecer um nexo causal entre a adesão ao estilo de vida ocidental e as alterações nos níveis pressóricos. Ademais, foi observado uma carência de estudos, além de subnotificação de dados e negligência em relação a políticas públicas de saúde indígenas, levando ao agravamento da situação. É imperativo a realização de mais estudos que descrevam o impacto dos hábitos ocidentais nesta população, visto que, a morbimortalidade intrínseca à HAS só pode ser controlada se o fenômeno for compreendido e publicitado, para que estratégias sejam implementadas.

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Publicado

2022-08-16

Edição

Seção

Artigos