A prisão de D. Fernando, o santo, príncipe de Portugal, em Tânger, num drama de Calderón de La Barca

Autores

  • Ester Abreu Vieira de Oliveira

Palavras-chave:

Dramaturgia, Dramaturgia espanhola

Resumo

Este estudo da condenação do príncipe de Portugal, D. Fernando, o Infante Santo, Senhor de Serpa, determinada pelo rei marroquino de Tânger, tem como base a obra El príncipe constante, na qual Calderón de la Barca dramatiza o fato ocorrido no século XV, apresentando a tirania e a arbitrariedade de um rei durante a prisão e morte de um Infante que se tornou porta-voz de protestos da consciência pública, e foi elevado à categoria de santo. As consequências da prisão tanto para o prisioneiro, como para a política do país a que ele pertence foram nefastas e em El príncipe constante, Calderón de la Barca se refere ao ocorrido com base na história oficial e na lendária. O apoio teórico está em Aristóteles, Platão, Montoliu, Nietzsche e Shoupenhauer para analisar os aspectos literários, históricos e filosóficos de uma obra representativa do teatro clássico da literatura espanhola.

Referências

ARISTÓTELES. La poética. Versión de García Bacca. Barcelona: EDIMUSA, 1989.

BARNE, Yannick. Lo santo y lo visible en El príncipe constante de Pedro Calderón de la Barca, p2020. Disponível em: https://journals.openedition.org/criticon/17388. Acesso em 19 abr. 2022.

BECCARIA, C. Dos delitos e das penas. São Paulo: Atena Editora. 1956.

CALDERÓN DE LA BARCA, Pedro. El príncipe constante. Disponível em: http://www.textos.info. Acesso em: 14 ago. 2021.

CRUZ, Abel dos Santos. A nobreza portuguesa e Marrocos no século XV (1415-1464). Dissertação (Mestrado em História Medieval), Faculdade de Letras da Universidade de Porto, 1995.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974.

GARCÍA LÓPEZ, J. Historia de la literatura española. Barcelona: Editorial Vicens – Vives, 1969.

GUILLÉN, Claudio. El primer siglo de oro. Estudios sobre géneros y modelos. Barcelona: Editorial Crítica, 1988.

HERNANDO MORATA, Isabel. En torno al texto de El príncipe constante, de Calderón: la tradición impresa. 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/criticon/509. Acesso em: 20 set. 2021.

MICHELAN, Kátia Brasilino. A escrita de um feito inglório: o cerco português a Tânger, em 1437. História e Cultura, Franca, v. 5, n. 1, p. 170-187, mar. 2016. Disponível em: https://periodicos.franca.unesp.br/index.php/historiaecultura/article/view/1779. Acesso: 15 ago. 2021.

MONTOLIU, Manuel de. Manual de historia de la literatura castellana. Barcelona: Editorial Cervantes, 1947.

NIETZSCHE, Frederico. El eterno retorno. Así habla Zaratustra. Mas Allá del bien y del mal. Buenos Aires: Aguilar, 1974.

OLIVA, César; TORRES MONREAL, Francisco. Historia Básica del arte escénico. Madrid: Cátedra, 2002.

OLIVEIRA, Ester Abreu Vieira. Ensaios sobre dramaturgia. São Paulo: Opção Editora, 2016.

PAULA, Frederico Mendes. História de Portugal em Marrocos sobre Patrimônio, História e outras histórias. Blogue. Disponível em: https://historiasdeportugalemarrocos.com/tag/infante-santo/. Acesso em: 14 ago. 2021.

PLATÃO. A república. São Paulo: Atena Editora 1956.

REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Diccionario de la lengua española. Madrid: Editorial Espasa Calpe, 1956.

SÁNCHEZ ESCRIBANO, Federico, PORQUERAS MAYO, Alberto. Preceptiva dramática española. Del Renacimiento y el Barroco. Madrid: Editorial Gredos, 1990.

SCHOPENHAUER. O mundo como vontade e representação. Rio de Janeiro: EdiOuro (s/d).

Downloads

Publicado

2022-07-28

Edição

Seção

Artigos