A angústia da espera

um diálogo comparativo entre Esperando Godot, de Samuel Beckett, e As Cadeiras, de Eugène Ionesco

Autores

  • Josenildo Ferreira Teófilo da Silva Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Edinaura Linhares Ferreira Lima Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Karine Costa Miranda Universidade Federal do Ceará (UFC)

Palavras-chave:

Espera. Angústia existencial. Vazio.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo discutir de que forma a questão da espera se desenvolve dentro das peças Esperando Godot (1952), de Samuel Beckett, e As cadeiras (1952), de Eugène Ionesco. Acreditamos que essa espera por um mensageiro, representado por meio das figuras de Godot e do Orador, é a responsável pelo sentimento de angústia diante da existência que vai sendo expresso pelas personagens ao longo das duas peças. A crença em uma mensagem que será, no final, revelada e que traz uma espécie de resposta para a dor e desespero em que estes indivíduos estão mergulhados é justamente o elemento gerador do absurdo em que somos assolados no decorrer da leitura dos dois textos. 

Referências

BECKETT, Samuel. Esperando Godot. Tradução de Fábio de Souza Andrade. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
BENNETT, Michael Y. The Cambridge Introduction to Theatre and Literature of the Absurd. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.
ESSLIN, Martin. O teatro do absurdo. Tradução: Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.
IONESCO, Eugène. A lição e As cadeiras. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora Peixoto Neto, 2004.
WILLIAMS, Raymond. Modern Tragedy. Ontario: Broadview Encore Editons, 2006.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Artigos